quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

A CABANA - William P. Young

Existe aquela semana ou aquele dia que você não está bem. Sente-se esgotado mentalmente, cansaço físico, desanimo. Vê que algumas lutas do dia-a-dia tornaram-se inúteis, que sonhos começam a desmoronar como castelos de areia com o vento. E com isso você se entrega, quer passar o dia todo na cama, não quer conversa, não tem fome, não tem expectativas. Assim eu me sentia quando entregaram em minhas mãos o livro A CABANA, de William P. Young.
Muitas pessoas comentavam sobre o livro, eu já havia lido muitas resenhas e recomendações dele, e então decidi ler nesse tempo que estava em reclusão, que eu só queria saber do meu mundo e dos meus problemas e sentimentos.
Depois que acaba a história, há uma página intitulada PROJETO MISSY. Trata-se de um texto onde leitores pedem que cada pessoa que ler o livro divulgue-o. Comente com um amigo, escreva algo no BLOG ou no e-mail, empreste para alguém, presenteie com o livro. E aqui estou eu fazendo a minha parte, já que realmente me interessei pela história.
No começo trata-se de um romance normal:
"Durante uma viagem de fim de semana, a filha mais nova de Mack Allen Philips é raptada e evidências de que ela foi brutalmente assassinada são encontradas numa velha cabana.
Após quatro anos vivendo numa tristeza profunda causada pela culpa e pela saudade da menina, Mack recebe um estranho bilhete, aparentemente escrito por Deus, convidando-o a voltar à cabana onde aconteceu a tragédia.
Apesar de desconfiado, ele vai ao local numa tarde de inverno e adentra passo a passo o cenário de seu mais terrivel pesadelo. Mas o que ele encontra lá muda o seu destino para sempre.
Em um mundo cruel e injusto, A Cabana levanta um questionamento atemporal: se Deus é tão poderoso, por que não faz nada para amenizar o nosso sofrimento?" (Conteúdo presente na capa do livro)
E a partir deste questionamento que eu começo a falar as minhas impressões do livro.
Religião é algo que eu nunca gostei muito de discutir, porque preso muita a liberdade de qualquer pessoa, então cada um tem sua crença. E eu não faço idéia de como o autor criou todo o "universo divino" deste livro, porém se Deus, Jesus e o Espirito Santo assim fossem, eles seriam bem melhores do que aquilo que as religiões pregam.
A começar por Deus em sua forma humana. Incrivelmente eu, e um grande numero de pessoas, imaginamos que Deus, em forma humana, seria um senhor velho, de cabelos e barbas grande e grisalho. E William coloca Deus na história na forma de uma mulher negra. Jesus também não é um homem dotado de tamanha beleza fisica igual as imagens e fotos que divulgam dele.
E depois, aprende-se que Deus castiga, faz justiça. Que a justiça divina é melhor do que todas!
Se Deus realmente é o criador, aquele que ama a todos, que quer o amor entre os seus filhos, que deu Jesus pela humanidade, seria ele então responsavel por catastrofes e acontecimentos ruins como vingança por pecados? Ele mataria alguém para fazer justiça? Ele deixaria cego, invalido ou algo do tipo?
O livro todo Deus, Jesus e Sarayu (Espirito Santo) falam de relacionamento, que é o que eles verdadeiramente esperam dos humanos. Um relacionamento de amor, de fraternidade, sem hierarquias, sem poderosos. E em um trecho Mack é obrigado a falar qual dos filhos ele mais ama, qual ele escolheria, e então percebe que ele amava os 5 filhos de forma diferente, porém com a mesma intensidade, era impossível escolher apenas um ou dois, era impossível condenar seus filhos mesmo quando eles erravam e deixavam-no com raiva. Assim também é com Deus, já que é pai de toda a humanidade.
Outro tópico muito bom do livro é Jesus não gostar de religiões, afinal elas são uma espécie de hierarquia, alguns mandam mais que outros, e certas vezes as leis dos homens predomina mais do que a própria lei de Deus.
Eu poderia escrever muito mais sobre o livro, já que ele fala dos medos, dos julgamentos que fazemos, do poder dos homens um sobre os outros, da falta de amor, e assim por diante, assuntos para muita reflexão.
Realmente eu penso: será que tudo o que me ensinaram e ensinam na igreja é o que realmente é o meu Deus? Com tantas controvérsias desse jeito, eu acredito no Deus bom ou no Deus da vingança? Eu sigo as leis de Deus ou as leis que Papas, padres e tudo mais criaram nas religiões?
Prefiro acreditar no Deus da forma que eu penso que ele seja, não referente a forma fisica, mas referente ao amor de Pai.


Quem puder leia o livro, reflexões e pensamentos são bons, fazem-nos crescer mentalmente, e é disso que muitos seres humanos precisam!

Um comentário:

  1. Fato é Marii que a religião assim como outros costumes são maleaveis a manipulação por pessoas de má índole, não existe uma verdade universal para a religião embora ela por si mesma tenta com uma resposta universal aliviar a dor de todos os tipos de perda...desde um amor mal resolvido, a morte de um ente querido, na minha opinião não importa a religião ao qual cada um se apresente de bem, só não aceito fanatismo de especie alguma,fato é a religião age de forma como uma valvula de escape para muitos problemas... mas a resposta que ela mesmo prega é tenha fé...com tanta injustiça num mundo onde a hipocrisis dista as regras, apenas fé te torna auto-suficiente para encarar a vida?

    Ótimo texto Marii, um dia quem sabe leio o livro^^

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