terça-feira, 1 de novembro de 2011

Rosas murchas

Olho para as rosas no chão, estão murchas e cinzas, assim como ficou o meu coração. Talvez dentro do buquê ainda tenha espaço para alguma cor, para alguma vida renascer, mas dentro do meu coração só espaço para o escuro e para a dor.
E eu, que sempre acreditei que sentimentos eram fáceis de controlar, que sempre acreditei que ao estalar os dedos amaria ou desamaria uma pessoa, que sempre acreditei que não haveria amor maior que aquele que meu deu as rosas.
Ilusão! Me iludi com rosas, com amor. Iludi a alma e o coração.
Acreditei em sorrisos, em palavras, em passeios de mãos dadas e em promessas.
Fui julgada e acusada. Arremessaram palavras ásperas na minha face, como se o meu coração não fosse vivo, fosse uma rocha, sólida e cinza, contudo ele ainda era vermelho-sangue.
Usaram a palavra NUNCA para meus atos que eram tão constantes. Sim, eu acreditei no amor, eu acreditei em tudo o que eu vivia, se eu não acreditasse, não teria lutado.
E hoje, hoje acredito que o NUNCA não era para mim, o nunca era para ele mesmo.
Por algum tempo ainda admirarei as rosas murchas, que ficarão marrons, que secarão, que virarão pó; e pó também virará o meu amor, que foi trocado por tristeza, por desprezo, por um principio de raiva, ódio, incompreensão.
Só as lembranças não virarão pó, entretanto se tornarão cinza, e uma hora eu NUNCA relembrarei a cor que aqueles meses tiveram em minha vida, assim como não hei de lembrar a cor das rosas murchas.


Um comentário:

  1. Em breve novas rosas alegrarão sua vida.
    E você voltará a acreditar no amor.

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