terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Em casa...

Faz muito tempo que não uso meu blog como um diário, para desabafos, para homenagens às pessoas. Mas hoje é um dia diferente. Essa terça-feira 21 foi praticamente uma sexta-feira 13 na minha vida! Não, eu não vi um lobisomem, ou fui atacada por vampiros, ou coisas maléficas assim.
Primeiro, a madrugada foi muito quente, os pernilongos me devoravam, e eu sonhei que tinha brigado com o meu "affair" (se você quiser, pode chamar de namorado, todo mundo denomina nosso relacionamento como namoro, mas ele não o faz, então, é melhor eu também não denominar assim).
Depois, acordei tarde, e tinha um bilhete da minha mãe descrevendo as tarefas domésticas do dia. Um calor insuportável e eu limpando a casa, lavando quintal, lavando as louças. E o panetone que comi no café da manhã não foi muito bem aceito pelo estômago.
Enfim, meio do dia, o meu "affair" entra no MSN, e o sonho torna-se realidade, a gente briga! Isso é constante, as vezes até demais. Sei que não sou uma pessoa muito fácil de lhe dar, sou exigente, talvez complexa. O problema pode ser que eu realmente sei o que eu quero, e nem sempre vou encontrar pessoas dispostas a isso.
Detesto brigas assim, porque eu fico irritadamente irritada pelo resto do dia, fico seca e fria, não quero mais saber de conversas, e tudo me estressa.
Pra melhorar quebrei um copo, fui ler um livro que me indicaram e odiei ele, o filme da sessão da tarde me deu tédio! E depois de tudo isso, briguei outra vez com a mesma pessoa.
Sim, eu tenho uma facilidade incrivel pra iniciar discussões, mas não para termina-las.
E eu não sei o que vem acontecendo comigo, mas desde que eu voltei pra Americana, a minha paciência tem diminuido.
Com isso, eu percebi que talvez as pessoas tenham razão, que quando você sai de casa, mora sem os pais em outra cidade, aquela nova casa poderá ser chamada de LAR. Porque é pra lá que eu tenho vontade de correr, de se trancar no meu quarto e chorar, e depois ir pedir um ombro das minhas irmãs de república. A minha mãe não entenderia a minha briga, os meus sentimentos, e sei que elas entenderiam.
E tudo isso me deixou com saudades DE CASA, fez um buraco no peito e ficou vazio. Por um momento foi quase possível sentir o cheiro de lá, o ar puro da cidade não desenvolvida, as gargalhadas da Lah, a serenidade da Dri, as loucuras da Débora, o companheirismo do Guto.
Só que depois de todas essas lembranças e saudades de Assis, eu me surpreendi com amigos americanenses. Nessa terça com aspecto de sexta-feira 13, eu praticamente ganhei o perdão de um amigo, eu ganhei um abraço que me reconfortou de tudo, que me refez. Eu gargalhei como uma criança, eu brinquei como tal. Eu me senti em casa.
Por fim, percebi que não são as paredes e o telhado que fazem o meu LAR, e sim as pessoas que estão a minha volta. E onde eu tiver pessoas que me façam sorrir e que me dê um abraço amigo, que enxugue as minhas lágrimas e me perdoe, eu vou me sentir em casa.

Um comentário:

  1. Ai, que delicia ver meu nome em seus posts e saber que vc está desabrochando cada dia mais! Sim, é fato que nossa paciencia diminui, talvez pq estamos com pessoas q possam nos desculpar com mais tranquilidade,rs... TALVEZ...
    Sim, seu lar são as pessoas... =) Sinto falta de vc! Grande bjo!

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