Nem tudo tem graça
Ou sorrir, me faça
É tudo um vázio, um oco
Um desespero louco
Uma vontade de não ser eu.
E quando eu estava lá era diferente
Nem sempre eu era gente
Podia ser um bicho
Um cachorro ou quem sabe um dinossauro
Um gavião com a maior liberdade
Um minuto fora da realidade!
Um cara perdido no deserto
Alguem isolado, sem ninguem por perto
Um sentimento de ódio combatendo o amor
Até de índios era o tradutor.
A trave de um gol durante o jogo
Ou um pedaço da cruz no velório
Fala português e tudo mais que a imaginação permitisse
Eu era todas as coisas dentro de mim mesma.
Então o povo levantava-se
Aplaudia com vontade
Até as minhas corrupções políticas.
E hoje...
Hoje aqui eu não sou nada além de mim
Ninguém aplaude pelos acertos
Muito menos pelos erros
Hoje viver em mim todos os dias é um martirio
Suportar os meus defeitos e as minhas ilusões
Aguentar meus sentimentos e defender minhas opiniões
Aparentar sempre ser um ser racional
Tentar caminhar com a sociedade, se fazendo de igual
É como se cortassem as minhas asas
Não suporto muito tempo encarar o que eu sou
Ou o que talvez eu possa a vir me transformar
Racional agora seria fugir de mim mesma
E não fingir aos que estão a minha volta
Só para simplesmente agradar.
Racional seria subir em um palco denovo
Mesmo sem os aplausos das pessoas
Soltar tudo o que tem aqui dentro
Porque o teatro era a minha vida
Onde eu podia ser tudo ou nada
E assim eu me encontrava
Porque sendo racional pareço perdida.
Putzzzz...Perfeitooo!
ResponderExcluirKeria tantoo subir nakele palco novamente tambem...Nooolsa!
Meu que SAUDADE de tudo issooo
Dakele friozinn na barriga...
Do nervoso...Do saber que vai dar certo!
E no final de tudo....akela sensação de alegriaa...E que meoo...Sem palavras!