sábado, 31 de outubro de 2009
PARABÉNS!
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
Distância para esquecer
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
sábado, 17 de outubro de 2009
O falso sorriso do palhaço
terça-feira, 13 de outubro de 2009
Pra quê HOMOFOBIA?
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
sábado, 10 de outubro de 2009
Finais Infelizes II - Bela Adormecida
Faltava apenas a décima segunda fada para dar seu presente, quanto a décima terceira entrou no palácio, totalmente furiosa porque não havia sido convidada, se aproximou do berço da princesa e deu o seu presente:
- Aos quinze anos a princesa vai se ferir com o fuso de uma roca e morrerá!
A velhinha ficou maravilhada, e foi embora da torre sem ninguém vê-la.
Os reis chegaram da caçada e procuraram por Aurora em todos os lugares da casa, gritavam por seu nome, e nenhuma resposta vinha. Separaram alguns soldados do reino e mandaram ir verificar a floresta, enquanto um grupo de súditos procurava pelo castelo.
Uma cozinheira viu o portão que dava acesso à torre aberto e decidiu subir até lá, quando achou a princesa deitada e viu a ponta de seu cedo sangrando deu um grito desesperador, que fez todos os soldados do bosque voltarem e todos os súditos se dirigirem a torre.
- Ah minha pequena Aurora! Como isso foi acontecer? Eu não devia ter deixado nenhum fuso inteiro, nem mesmo aqui dentro. Como fui um ignorante. – chorava o rei debruçado sobre a sua filha.
- Calma alteza, só precisamos de um príncipe que a desperte. Lembra? Foi isso que a décima segunda fada disse no aniversário. – lembrou-o um súdito.
E então o rei começou a convocar todos os príncipes para irem ao castelo. E a princesa cada vez ficava mais pálida, a temperatura de seu corpo estava elevadíssima, seu dedo não parava de sangrar totalmente, e estava inchando cada vez mais, quase se assemelhando a um tomate.
Uma fila enorme havia fora do castelo, e muitos príncipes e falsos príncipes beijavam a princesa, sem nenhum resultado. Então apareceu um lindo rapaz, só que um falso príncipe, na verdade ele era filho de um curandeiro do reino vizinho. Quando ele entrou no quarto e viu a princesa e seu dedo machucado disse ao rei:
- Majestade mas isso não é feitiço. Isso é uma doença. Ela machucou o dedo e precisa de cuidados, de ervas e chás e uma limpeza no machucado.
O rei mandou que levassem o rapaz embora, porque ele estava brincando com os sentimentos de dor da família real. O rei não imaginava que o pobre moço estava certo.
Passado mais alguns dias e mais de cem príncipes o rei já estava desistindo, e acreditando que nunca veria sua filha acordada novamente. Então um príncipe bonito, novo e destemido entrou na torre, e quando foi beijar a princesa sentiu-a gélida, e percebeu que ela não mais respirava. Saiu da torre de cabeça baixa e deu o aviso ao rei:
- Alteza, sua filha não respira mais e esta gelada como mármore!
O rei e a rainha subiram as escadas desesperados e confirmaram o que haviam ouvido. Mandaram chamar a décima segunda fada.
- O que aconteceu? Você não havia desfeito o feitiço?
A pobre fada não sabia responder ao rei, sua mágica nunca tinha sido falha de tal modo. Então, por ordem do rei ela foi mandada ao calabouço e nunca mais poderia praticar feitiços e mágicas em sua vida.
E a jovem princesa, que morrera vitima de uma infecção quando furou o dedo, que poderia ter sido salva pelo falso príncipe curandeiro, foi enterrada nos fundos do castelo, para a alegria da décima terceira fada e a tristeza eterna de toda a família real e os habitantes do reino.
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
Finais Infelizes I - Cinderela
Cinderela era filha de um comerciante rico, a mãe faleceu quando ela era criança e o pai se casou novamente. A mulher tinha duas filhas, de idades próximas a de Cinderela, porém eram feias e tinham inveja da beleza e da simpatia de Cinderela. O pai veio a falecer quando ela ainda era muito jovem e foi então criada por sua madrasta malvada, que junto de suas filhas, transformaram-na em sua empregada. Cinderela tinha de fazer todos os serviços domésticos - lavar, varrer, cozinhar - e ainda era alvo de deboches e malvadezas. Seu refúgio era o quarto no sótão da casa e seus únicos amigos, os animais da floresta.
Um belo dia o Rei anunciou um baile no castelo para que o príncipe escolhesse sua esposa dentre todas as moças do reino. O convite foi distribuído a todos os cidadãos, e continha um aviso de que todas as moças, mesmo que fossem feias ou pobres, deviam comparecer ao Grande Baile.
A madrasta de Cinderela sabia que a moça era a mais bonita da região, então disse que ela não poderia ir, pois não tinha um vestido apropriado para a ocasião. Cinderela então costurou um belo vestido, com a ajuda de seus amiguinhos da floresta. Passarinhos, ratinhos e esquilos a ajudaram a fazer um vestido feito de retalhos, mas muito bonito. Quando o vestido já estava pronto em seu quartinho uma das filhas da madrasta viu-o pelo buraco da fechadura e correu contar para sua mãe:
- Mamãe! Mamãe! Eu não sei como, mas a Cinderela tem um vestido lindo em seu quarto, mais lindo do que o meu ou da irmã.
A Madrasta não conseguia acreditar naquilo, sabia que a enteada tinha somente farrapos para usar. Subiu ao sótão e foi ao quarto da jovem, seguida de suas filhas, e como não queria que Cinderela comparecesse ao baile de forma alguma, pois sua beleza impediria que o príncipe se interessasse por suas duas filhas, ela rasgou o vestido. Disse à moça que não tinham autorizado-a usar os retalhos que estavam no lixo e a encheu de afazeres domésticos para o dia do baile.
Muito triste, Cinderela viu-as sair rindo e ficou à janela, olhando para o Castelo na colina. Chorou, chorou e rezou muito. De suas orações e lágrimas, surgiu sua Fada-madrinha que confortou a moça e usou de sua mágica para criar um lindo vestido para Cinderela. E fez surgir, de duas grandes aboboras, uma linda carruagem e os amiguinhos da floresta foram transformados em humanos, cocheiro e ajudantes de Cinderela. Antes que ela saísse, a Fada-madrinha lhe deu um aviso:
- Cinderela, você deve chegar antes da meia-noite, ou toda a mágica iria se desfazer aos olhos de todos. A carruagem voltara a ser abobora, e os humanos voltarão a ser animais da floresta! E todo o seu encantamento desaparecerá!
Cinderela chegou à festa como uma princesa. Estava tão bonita, que não foi reconhecida por ninguém. A madrasta, porém, passou a noite inteira dizendo para as filhas que achava conhecer a moça de algum lugar, mas não conseguia dizer de onde. O príncipe, tão-logo a viu, se apaixonou e a convidou para dançar:
- Nunca vi uma mulher tão formosa no reino! Concede-me o prazer dessa dança donzela?
A ciumeira foi generalizada, todas as moças do reino sentiram-se rejeitadas, mas logo procuraram outros pares e a festa foi animada. Apenas a madrasta de Cinderela e suas duas filhas passaram a noite em um canto, tentando descobrir de onde teria vindo aquela moça tão bonita, também conhecida como Lillianne.
Cinderela e o príncipe conversaram e riram como duas almas gêmeas e logo se perceberam feitos um para o outro.
O príncipe pausou a dança para ir buscar seus pais e apresentar a encantadora jovem, já que estava decidido que ela era o seu amor. Acontece que a fada-madrinha tinha avisado que toda a magia só iria durar até meia-noite, e assim que o príncipe a deixou o relógio badalou o sinal da meia-noite e Cinderela teve de sair correndo .
Em frente ao palácio havia uma linda escadaria de mármore que estava molhada por causa da chuva. Na pressa para poder ir embora antes do feitiço terminar a pobre Cinderela escorregou na escada e seu sapatinho de cristal, fino e delicado, se quebrou
A jovem desmaiou na escadaria. Seus amigos que ainda estavam enfeitiçados se apressaram para ajudar, só que o relógio deu o ultimo badalo da meia noite, e todos voltaram a ser pequenos animaizinhos, que não conseguiam ajuda-la, e agora ela estava em farrapos, o vestido de princesa sumira, dando lugar para um pedaço de pano marrom manchado de sangue, e o cabelo com o penteado desfeito. Não era mais a linda moça do baile.
O príncipe apareceu um tempo depois, seguido de seus pais. Olhou para todos os lados e não viu a sua maravilhosa moça em nenhum canto:
- Acho que ela se assustou porque fui chamá-los e deve ter ido embora com medo de um relacionamento sério, era muito jovem!
E então ele olhou na direção da escada e viu aquela moça toda suja e machucada, chamou um serviçal e pediu que ele acudisse a pobre moça que lá estava, e voltou para o baile.
Porém os socorros não foram muito úteis, Cinderela já havia perdido sangue demais, e acabou morrendo na escadaria do castelo por hemorragia. E como ninguém a reconheceu ela foi enterrada no cemitério do reino como uma indigente.
Enquanto o príncipe dançou com várias outras moças naquele baile, e ao final da noite, cansado pela insistência e também porque todas as moças tinham sido praticamente expulsas do baile pela madrasta de Cinderela e suas duas filhas, ele acabou aceitando a mais velha como sua esposa. Vivendo um casamento sem amor e felicidade o resto a vida!