sábado, 31 de outubro de 2009

PARABÉNS!

Hoje eu dispenso todas as minhas poesias monotonas e repetitivas, dispenso os meus textos extensos cheio de descrições e provaveis finais infelizes, porque hoje não é um dia pra ser triste ou monotono, hoje é um dia pra comemorar. Comemorar o aniversário da minha MELHOR, daquela que merece toda a felicidade, o amor, a saúde, a paz e o sucesso desse mundo! Aquela que eu conheci ainda garotinha e aos poucos se transforma na mais bela mulher; a que me faz felizes em todas as horas, até mesmo nas mais tristes; aquela que arrasa nos palcos e também na vida! Parabéns minha delicia, que você ainda tenha mutos anos de vida pela frente, porque é inimaginavel viver sem voce!
TE AMO NAAH s2

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Distância para esquecer

Com muito custo conseguiu fechar o ziper da mala, já havia colocado tudo o que precisava lá dentro para passar uns 15 dias longe de casa, em um lugar bem longe, sem contato com ninguém. Tinha pegado as chaves do rancho com a tia, excluira sua página no site de relacionamentos da internet e deixou o celular em cima da cama. Isso mostrava que não queria nenhum tipo de contato.
Fazia um mês que lutava contra aquele sentimento, tinha pedido a Deus, tinha saido com outros caras, feito amigos novos, passado a noite em baladas, e nada adiantava. Sempre batia a saudade e a depressão, principalmente quando ouvia sua voz ou passava a madrugada toda jogando conversa fora com ele.
Sabia, através de alguns colegas em comum, que ele estava em outra, se bem que não era preciso outras pessoas falarem, estava lá estampado para quem quisesse ver. Se ele era correspondido? Não sabia! E isso era o que mais lhe angustiava.
Adorava continuar recebendo aquele tratamento todo, os carinhos, os abraços, as mensagens, a atenção total, só que não sabia até que ponto aquilo era sincero, até que ponto aguentaria aquilo sem machucar-se. Por isso optou pela distância.
Se permanecesse na cidade não seria capaz de ficar longe, porque precisava dele e ele insistia em dizer que precisava dela.
Enxugou as lágrimas que escorriam dos olhos, respirou fundo e entrou no carro. Saiu decidia que voltaria diferente, mesmo que para isso deixasse de ser um anjo para ser um demonio, mesmo que mudasse a amizade e não recebece os mesmos carinhos, embora achasse impossível conseguir mudar o jeito que tratava-o, porque ele era especial e não merecia ser mal tratado.
Ligou o carro e foi embora, não sabia o que aconteceria nos próximos quilômetros, nem nos 15 dias afastados. Sabia apenas que aquilo poderia ser inutil, só que tentaria de tudo pra conseguir vê-lo do modo que ele queria, apenas como um simples amigo.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009




Nem tudo tem graça
Ou sorrir, me faça
É tudo um vázio, um oco
Um desespero louco
Uma vontade de não ser eu.
E quando eu estava lá era diferente
Nem sempre eu era gente
Podia ser um bicho
Um cachorro ou quem sabe um dinossauro
Um gavião com a maior liberdade
Um minuto fora da realidade!
Um cara perdido no deserto
Alguem isolado, sem ninguem por perto
Um sentimento de ódio combatendo o amor
Até de índios era o tradutor.
A trave de um gol durante o jogo
Ou um pedaço da cruz no velório
Fala português e tudo mais que a imaginação permitisse
Eu era todas as coisas dentro de mim mesma.
Então o povo levantava-se
Aplaudia com vontade
Até as minhas corrupções políticas.
E hoje...
Hoje aqui eu não sou nada além de mim
Ninguém aplaude pelos acertos
Muito menos pelos erros
Hoje viver em mim todos os dias é um martirio
Suportar os meus defeitos e as minhas ilusões
Aguentar meus sentimentos e defender minhas opiniões
Aparentar sempre ser um ser racional
Tentar caminhar com a sociedade, se fazendo de igual
É como se cortassem as minhas asas
Não suporto muito tempo encarar o que eu sou
Ou o que talvez eu possa a vir me transformar
Racional agora seria fugir de mim mesma
E não fingir aos que estão a minha volta
Só para simplesmente agradar.
Racional seria subir em um palco denovo
Mesmo sem os aplausos das pessoas
Soltar tudo o que tem aqui dentro
Porque o teatro era a minha vida
Onde eu podia ser tudo ou nada
E assim eu me encontrava
Porque sendo racional pareço perdida.

sábado, 17 de outubro de 2009

O falso sorriso do palhaço


É um domingo, a lona colorida deixa a temperatura ainda mais quente, principalmente com a aglomeração de pessoas, que cada vez é mais intensa. No camarim ele coloca seu macacão de bolinhas coloridas, enche cuidadosamente duas bexigas e coloca-as dentro do macacão. Passa uma fina camada de tinta branca sobre a face, faz as bochechas rosadas para dar um ar de saudavel, e coloca o inseparável nariz vermelho, a marca inconfundivel de um palhaço!
Só que o principal do seu personagem ainda não estava incorporado ao figurino. Ele não sorria. E ele, o que faz a platéia toda rir até a barriga doer, faz as crianças se encantarem e traz a alegria do circo, justo ele, não estava alegre!
As atrações foram passando, e ele ouvia com um grande aperto no peito os aplausos da garotada e das famílias, os assobios, a gritaria. Um coelho tirado da cartola, cinco bolinhas em movimento no ar, uma pirueta entre um trapézio e outro, e mais aplausos e assobios.
E então o picadeiro se cala, a mulher barbada bate na porta e anuncia que é a sua vez. Ele beija uma foto que está em cima da cadeira e sai, por incrivel que pareça, com um enorme sorriso no rosto e totalmente verdadeiro (aparentemente).
As cortinas se abrem e ele entra com cambalhotas, conta piadas, molha a garotada com uma margarida pregada em seu macacão. Estoura os balões que estão dentro da roupa, cai de bunda, faz caretas. Finge que chora, ri muito, imita pessoas e animais. Toda a platéia sorri, levanta, participa, aplaude. Fim de show!
Ao passar as cortinas de volta o sorriso some do rosto, o nariz já é deixado em algum canto por lá, o macacão é tirado as pressas e uma toalha retira um pouco da pintura. Corre para a sua cabana e então abraça seu filho, que queima de febre e tem delírios, desde que a mãe morrera num acidente de trânsito há uma semana.
Enquanto isso o público sai feliz e sorridente do espetaculo, esqueceu por um momento os problemas e se encantou com a felicidade do palhaço. Comenta as brincadeiras e palhaçadas. Só que ninguém pensa o que está por trás da máscara e do sorriso, e que ele faz tudo aquilo para alegrar e não que realmente seja alegre.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Pra quê HOMOFOBIA?

Não quero usar esse texto pra discutir religião: Deus aceita ou não os gays?! Também não é pra falar aos outros que eu decidi ser homossexual (ninguém decidi da noite pro dia "virar" homossexual) e não quero que as pessoas levantem a bandeira colorida e lutem até a morte pela defesa das pessoas que gostam do mesmo sexo. É apenas um texto pra mostrar a inutilidade da homofobia.
HOMOFOBIA é o ódio, a aversão, o preconceito exagerado contra homossexuais, fazendo a pessoa cometer violência e as vezes a matar um gay. E infelizmente o Brasil é o país que lidera o ranking de preconceituosos com homossexualidade e em assassinatos destes.
Assassinar uma pessoa vai adiantar algo? Porque 1 é assassinado no Brasil todos os homossexuais do mundo vão decidir não assumir o que gostam e o que querem? Com certeza isso não vai acontecer. E se nós, que gostamos de pessoas de sexos opostos, podemos ser felizes com a pessoa que escolhemos então qual o problema de homossexuais serem felizes com os parceiros que eles arrumaram?
Claro que eu sou contra eles forçarem a barra, ficarem dando "pitis" por aí, gritinhos histéricos e dando em cima de heterossexuais! Isso eu acho ridículo até mesmo em mulheres ou homens! cada um tem que respeitar o espaço do outro, independente de sua escolha sexual.
No mundo em que vivemos as pessoas quase não valorizam mais sentimentos, só querem dinheiro e bens materiais, então mesmo que os sentimentos sejam para com pessoas do mesmo sexo, o mundo seria bem melhor se todo ser humano fosse capaz de amar além de cédulas de dinheiro.
Eu aprendi a amar AS PESSOAS e não O GENRERO SEXUAL delas! Independente de serem mulheres, homens, gays, lesbicas, travestis, existem aqueles que tem um lindo coração e são pessoas maravilhosas e fazem despertar um sentimento bom rapido, como existem aqueles que por mais que se force uma convivencia agradavel, ela nunca realmente acontece.
Só é preciso entender que todos são seres humanos, dotados de sentimentos e raciocinios, protegidos por leis e pelos direitos humanos. Não custa nada respeitar! Se você também quer respeito, faça sua parte!


"Toda letra do alfabeto precisa de outra para formar uma palavra!!. Já pensou se existisse preconceito com as que decidiram se unir com outras iguais a elas?!
Seria impossivel existir progreSSo.
Não haveria cOOperação.
Niguém saberia dizeer o que é comprEEnsão

VIU COMO O PRECONCEITO NOS TORNA IGNORANTES?!" (fotolog Dry ;D )

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Mais uma manhã eu acordo com frio
Você novamente não está aqui
Talvez eu tenha cansado de chorar
tenha cansado de juras de amor
Você desfez os meus planos e sonhos
Eu cansei de lutar.
Não quero mais saber de mãos dadas
Pouco me importa o que vivemos
O passado ainda me incomoda
E eu não consigo viver ao seu lado
Não assim, do jeito que você quer
Porque o egoismo te ronda?
Porque tem que ser do seu jeito?
e não do jeito mais facil?
E a manhã toda é uma eternidade
Como pode um sentimento destruir tanto
O que conforta é uma provavel certeza
De que tudo isso se voltará contra você
Quando eu nao for mais um anjo
Quando o amor passar a ser ódio
Daí você vai lembrar
E arrependimentos e amargura te rondarão
Eu estarei na primeira fila deste espetaculo
Aplaudindo calorosamente a sua dor
Não que eu seja um ser vingativo
Odeio ver seres sofrendo
Só que ao contrário de você
Eu não sou egoista
Então faço questão de que sofras também!
Nem sempre quem tem asas é um anjo
Um anjo pode revoltar-se
e virar o pior demônio.

sábado, 10 de outubro de 2009

Finais Infelizes II - Bela Adormecida

Era uma vez, há muito tempo, um rei e uma rainha jovens, poderosos e ricos, mas pouco felizes, porque não tinham concretizado o maior sonho deles: terem filhos.
Não se alegravam nem com os bailes da corte, nem com as caçadas, e em todo o castelo reinava uma grande melancolia.
Mas, numa tarde de verão, a rainha foi banhar-se no riacho que passava no fundo do parque real. E, de repente, pulou para fora da água uma rãzinha.
— Majestade, não fique triste, o seu desejo se realizará logo: Antes que passe um ano a senhora dará à luz uma menina.
E a profecia da rã se concretizou, meses depois a rainha deu a luz a uma linda menina.
O rei, que estava tão feliz, deu uma grande festa de batizado para a pequena princesa que se chamava Aurora.
Convidou uma multidão de súditos: parentes, amigos, nobres do reino e, como convidadas de honra, as treze fadas que viviam nos confins do reino. Mas, quando os mensageiros iam saindo com os convites, o camareiro-mor correu até o rei, preocupadíssimo.
— Majestade, as fadas são treze, e nós só temos doze pratos de ouro. O que faremos? A fada que tiver de comer no prato de prata, como os outros convidados, poderá se ofender. E uma fada ofendida…
O rei refletiu longamente e decidiu:
— Não convidaremos a décima terceira fada — disse, resoluto. — Talvez nem saiba que nasceu a nossa filha e que daremos uma festa. Assim, não teremos complicações.
Partiram somente doze mensageiros, com convites para doze fadas, conforme o rei resolvera.
No dia da festa, cada uma das fadas chegou perto do berço em que dormia a princesa Aurora e ofereceu à recém-nascida um presente maravilhoso. Uma ofereceu beleza, outra um caráter justo, riquezas enormes, um coração caridoso, inteligência elevada.

Faltava apenas a décima segunda fada para dar seu presente, quanto a décima terceira entrou no palácio, totalmente furiosa porque não havia sido convidada, se aproximou do berço da princesa e deu o seu presente:

- Aos quinze anos a princesa vai se ferir com o fuso de uma roca e morrerá!

E foi embora, deixando os reis e os convidados desesperados e incrédulos.
Então aproximou-se a décima segunda fada, que devia ainda oferecer seu presente.
— Não posso cancelar a maldição que agora atingiu a princesa. Tenho poderes só para modificá-la um pouco. Por isso, Aurora não morrerá; cairá em sono profundo, até a chegada de um príncipe que a acordará com um beijo.
Passados os primeiros momentos de espanto e temor, o rei decidiu tomar providências, mandou queimar todas as rocas do reino. E, daquele dia em diante, ninguém mais fiava, nem linho, nem algodão, nem lã. Ninguém além da torre do castelo.
Aurora crescia, e os presentes das fadas, apesar da maldição, estavam dando resultados. Era bonita, boa, gentil e caridosa, os súditos a adoravam.
No dia em que completou quinze anos, o rei e a rainha estavam ausentes, ocupados numa partida de caça. Talvez, quem sabe, em todo esse tempo tivessem até esquecido a profecia da fada malvada.
A princesa Aurora, porém, estava se aborrecendo por estar sozinha e começou a andar pelas salas do castelo. Chegando perto de um portãozinho de ferro que dava acesso à parte de cima de uma velha torre, abriu-o, subiu a longa escada e chegou, enfim, ao quartinho.
Ao lado da janela estava uma velhinha de cabelos brancos, fiando com o fuso uma meada de linho. A garota olhou, maravilhada. Nunca tinha visto um fuso.
— Bom dia, vovozinha.
— Bom dia a você, linda garota.
— O que está fazendo? Que instrumento é esse?
Sem levantar os olhos do seu trabalho, a velhinha respondeu:

— Estou fiando!
A princesa, fascinada, olhava o fuso que girava rapidamente entre os dedos da velhinha.
— Parece mesmo divertido esse estranho pedaço de madeira que gira assim rápido. Posso experimentá-lo também? - Sem esperar resposta, pegou o fuso. E, naquele instante, cumpriu-se o feitiço. Aurora furou o dedo e sentiu um grande sono. Conseguiu ainda dar alguns passos e deitou-se na cama que havia na torre.

A velhinha ficou maravilhada, e foi embora da torre sem ninguém vê-la.

Os reis chegaram da caçada e procuraram por Aurora em todos os lugares da casa, gritavam por seu nome, e nenhuma resposta vinha. Separaram alguns soldados do reino e mandaram ir verificar a floresta, enquanto um grupo de súditos procurava pelo castelo.

Uma cozinheira viu o portão que dava acesso à torre aberto e decidiu subir até lá, quando achou a princesa deitada e viu a ponta de seu cedo sangrando deu um grito desesperador, que fez todos os soldados do bosque voltarem e todos os súditos se dirigirem a torre.

- Ah minha pequena Aurora! Como isso foi acontecer? Eu não devia ter deixado nenhum fuso inteiro, nem mesmo aqui dentro. Como fui um ignorante. – chorava o rei debruçado sobre a sua filha.

- Calma alteza, só precisamos de um príncipe que a desperte. Lembra? Foi isso que a décima segunda fada disse no aniversário. – lembrou-o um súdito.

E então o rei começou a convocar todos os príncipes para irem ao castelo. E a princesa cada vez ficava mais pálida, a temperatura de seu corpo estava elevadíssima, seu dedo não parava de sangrar totalmente, e estava inchando cada vez mais, quase se assemelhando a um tomate.

Uma fila enorme havia fora do castelo, e muitos príncipes e falsos príncipes beijavam a princesa, sem nenhum resultado. Então apareceu um lindo rapaz, só que um falso príncipe, na verdade ele era filho de um curandeiro do reino vizinho. Quando ele entrou no quarto e viu a princesa e seu dedo machucado disse ao rei:

- Majestade mas isso não é feitiço. Isso é uma doença. Ela machucou o dedo e precisa de cuidados, de ervas e chás e uma limpeza no machucado.

O rei mandou que levassem o rapaz embora, porque ele estava brincando com os sentimentos de dor da família real. O rei não imaginava que o pobre moço estava certo.

Passado mais alguns dias e mais de cem príncipes o rei já estava desistindo, e acreditando que nunca veria sua filha acordada novamente. Então um príncipe bonito, novo e destemido entrou na torre, e quando foi beijar a princesa sentiu-a gélida, e percebeu que ela não mais respirava. Saiu da torre de cabeça baixa e deu o aviso ao rei:

- Alteza, sua filha não respira mais e esta gelada como mármore!

O rei e a rainha subiram as escadas desesperados e confirmaram o que haviam ouvido. Mandaram chamar a décima segunda fada.

- O que aconteceu? Você não havia desfeito o feitiço?

A pobre fada não sabia responder ao rei, sua mágica nunca tinha sido falha de tal modo. Então, por ordem do rei ela foi mandada ao calabouço e nunca mais poderia praticar feitiços e mágicas em sua vida.

E a jovem princesa, que morrera vitima de uma infecção quando furou o dedo, que poderia ter sido salva pelo falso príncipe curandeiro, foi enterrada nos fundos do castelo, para a alegria da décima terceira fada e a tristeza eterna de toda a família real e os habitantes do reino.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Finais Infelizes I - Cinderela

Cinderela era filha de um comerciante rico, a mãe faleceu quando ela era criança e o pai se casou novamente. A mulher tinha duas filhas, de idades próximas a de Cinderela, porém eram feias e tinham inveja da beleza e da simpatia de Cinderela. O pai veio a falecer quando ela ainda era muito jovem e foi então criada por sua madrasta malvada, que junto de suas filhas, transformaram-na em sua empregada. Cinderela tinha de fazer todos os serviços domésticos - lavar, varrer, cozinhar - e ainda era alvo de deboches e malvadezas. Seu refúgio era o quarto no sótão da casa e seus únicos amigos, os animais da floresta.

Um belo dia o Rei anunciou um baile no castelo para que o príncipe escolhesse sua esposa dentre todas as moças do reino. O convite foi distribuído a todos os cidadãos, e continha um aviso de que todas as moças, mesmo que fossem feias ou pobres, deviam comparecer ao Grande Baile.

A madrasta de Cinderela sabia que a moça era a mais bonita da região, então disse que ela não poderia ir, pois não tinha um vestido apropriado para a ocasião. Cinderela então costurou um belo vestido, com a ajuda de seus amiguinhos da floresta. Passarinhos, ratinhos e esquilos a ajudaram a fazer um vestido feito de retalhos, mas muito bonito. Quando o vestido já estava pronto em seu quartinho uma das filhas da madrasta viu-o pelo buraco da fechadura e correu contar para sua mãe:

- Mamãe! Mamãe! Eu não sei como, mas a Cinderela tem um vestido lindo em seu quarto, mais lindo do que o meu ou da irmã.

A Madrasta não conseguia acreditar naquilo, sabia que a enteada tinha somente farrapos para usar. Subiu ao sótão e foi ao quarto da jovem, seguida de suas filhas, e como não queria que Cinderela comparecesse ao baile de forma alguma, pois sua beleza impediria que o príncipe se interessasse por suas duas filhas, ela rasgou o vestido. Disse à moça que não tinham autorizado-a usar os retalhos que estavam no lixo e a encheu de afazeres domésticos para o dia do baile.

Muito triste, Cinderela viu-as sair rindo e ficou à janela, olhando para o Castelo na colina. Chorou, chorou e rezou muito. De suas orações e lágrimas, surgiu sua Fada-madrinha que confortou a moça e usou de sua mágica para criar um lindo vestido para Cinderela. E fez surgir, de duas grandes aboboras, uma linda carruagem e os amiguinhos da floresta foram transformados em humanos, cocheiro e ajudantes de Cinderela. Antes que ela saísse, a Fada-madrinha lhe deu um aviso:

- Cinderela, você deve chegar antes da meia-noite, ou toda a mágica iria se desfazer aos olhos de todos. A carruagem voltara a ser abobora, e os humanos voltarão a ser animais da floresta! E todo o seu encantamento desaparecerá!

Cinderela chegou à festa como uma princesa. Estava tão bonita, que não foi reconhecida por ninguém. A madrasta, porém, passou a noite inteira dizendo para as filhas que achava conhecer a moça de algum lugar, mas não conseguia dizer de onde. O príncipe, tão-logo a viu, se apaixonou e a convidou para dançar:

- Nunca vi uma mulher tão formosa no reino! Concede-me o prazer dessa dança donzela?

A ciumeira foi generalizada, todas as moças do reino sentiram-se rejeitadas, mas logo procuraram outros pares e a festa foi animada. Apenas a madrasta de Cinderela e suas duas filhas passaram a noite em um canto, tentando descobrir de onde teria vindo aquela moça tão bonita, também conhecida como Lillianne.

Cinderela e o príncipe conversaram e riram como duas almas gêmeas e logo se perceberam feitos um para o outro.

O príncipe pausou a dança para ir buscar seus pais e apresentar a encantadora jovem, já que estava decidido que ela era o seu amor. Acontece que a fada-madrinha tinha avisado que toda a magia só iria durar até meia-noite, e assim que o príncipe a deixou o relógio badalou o sinal da meia-noite e Cinderela teve de sair correndo .

Em frente ao palácio havia uma linda escadaria de mármore que estava molhada por causa da chuva. Na pressa para poder ir embora antes do feitiço terminar a pobre Cinderela escorregou na escada e seu sapatinho de cristal, fino e delicado, se quebrou em pedaços. Um dos pedaços acabou perfurando sua pele e atingindo uma artéria do corpo que passa pelo pé, e então ela caiu na escadaria com uma dor enorme e percebeu que estava sangrando muito.

A jovem desmaiou na escadaria. Seus amigos que ainda estavam enfeitiçados se apressaram para ajudar, só que o relógio deu o ultimo badalo da meia noite, e todos voltaram a ser pequenos animaizinhos, que não conseguiam ajuda-la, e agora ela estava em farrapos, o vestido de princesa sumira, dando lugar para um pedaço de pano marrom manchado de sangue, e o cabelo com o penteado desfeito. Não era mais a linda moça do baile.

O príncipe apareceu um tempo depois, seguido de seus pais. Olhou para todos os lados e não viu a sua maravilhosa moça em nenhum canto:

- Acho que ela se assustou porque fui chamá-los e deve ter ido embora com medo de um relacionamento sério, era muito jovem!

E então ele olhou na direção da escada e viu aquela moça toda suja e machucada, chamou um serviçal e pediu que ele acudisse a pobre moça que lá estava, e voltou para o baile.

Porém os socorros não foram muito úteis, Cinderela já havia perdido sangue demais, e acabou morrendo na escadaria do castelo por hemorragia. E como ninguém a reconheceu ela foi enterrada no cemitério do reino como uma indigente.

Enquanto o príncipe dançou com várias outras moças naquele baile, e ao final da noite, cansado pela insistência e também porque todas as moças tinham sido praticamente expulsas do baile pela madrasta de Cinderela e suas duas filhas, ele acabou aceitando a mais velha como sua esposa. Vivendo um casamento sem amor e felicidade o resto a vida!

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Modernização, televisão e índios

Estamos no final do ano, época de correr contra o tempo pra entregar todos os trabalhos e, enfim, acabar a imensa jornada de anos escolares! Então a professora de português, uma mulher inteligentissima e que se enpenha ao máximo para ensinar nós adolescentes, pede para que façamos uma monografia no quarto e último bimestre! M-O-N-O-G-R-A-F-I-A?! Pois é, aquele trabalhinho que os estudantes demoram alguns semestres para realizar em um ensino superior.
Tema livre. Ainda bem! Escolhi o tema: A INFLUENCIA DA TV NA SOCIEDADE.
Já fiz um trabalho, menor é claro, sobre isso no Técnico em ADM, então tenho uma base sobre o que pesquisar, o que estudar, onde procurar os textos e tudo mais que é necessário. Elaborei um pequeno roteiro com os assuntos que poderiam estar presentes no trabalho, dentre eles selecionei: A TV E A CULTURA INDIGENA.
E foi enorme a minha surpresa quando comecei a ler os textos sobre isso, e foi impossivel não rir. Alguns índios afirmam que a TV não mudou em nada a vida deles, é apenas uma forma a mais para se distrair e conhecer o mundo, só que existem outros contrários a isso. Um pajé disse em entrevista que ele foi obrigado a mudar os horários dos ritos, que se iniciavam as 18horas, porque os índios não participavam para poder assistir a novela que é transmitida neste horário. Isso seria destruição cultural? Ou apenas modernização?
Ao meu ponto de vista é uma modernização que destrói a cultura. Mesmo que esses índios conseguiram manter seus rituais, mudando os horários, existem algumas tradições que não vão ser mantidas, como por exemplo as histórias contadas e passadas de pais para filhos em volta da fogueira, as brincadeiras dos "curumins", e várias outras coisas que são afetadas com esse contato direto com a "cultura do homem branco". Por causa da televisão vários índios jovens querem e trocam a aldeia pela cidade.
Os portugueses já dizimaram milhares de povos e destruiram culturas indigenas, o próprio povo brasileiro muitas vezes não se importa com isso, muitos podem até considerar índios apenas como "homens atrasados". Só que com certeza seria melhor se os "brancos" tivesse absorvido suas culturas ao invés de imporem uma cultura para eles.
Um professor de fisica diz que ainda bem que somos modernizados, porque seriamos povos antigos, viveriamos arcaicamente! Ah meu caro, eu preferiria mil vezes dormir em redes, plantar e caçar os meus alimentos, tomar banho nos rios limpos, do que me dizer "moderna" e não ter quase agua potavel, não ter terras boas pra plantar, ser bombardeada diariamente com noticias muitas vezes falsas, ser iludida por propagandas, ter necessidade de consumir para me sentir feliz e saber que eu também tenho culpa pela atual situação, precaria, da natureza!
Tomara que a televisão não destrua totalmente o pouco que restou do que são os verdadeiros brasileiros, e que merecem respeito!

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Quando o abraço não representa mais um forte laço
Quando o coração é substituido totalmente pela razão
Quando dois olhos se fecham enquanto os outros dois brilham
Talvez seja melhor desistir!

Quando os sentimentos estão apenas de um lado
Quando o beijo não é mais desejado
Quando tudo o que era bom começa a ser rejeitado
Talvez seja melhor entender que tudo esta acabado!

Quando o telefone não tocar mais
Quando os encontros não existirem mais
Quando o frio tomar o lugar do calor
Talvez seja melhor preparar-se para a dor!

Quando as mãos não estiverem mais unidas
Quando o outro não fizer mais falta na vida
Quando não existir mais companhia para caminhar
Talvez seja inutil continuar!

E quando existir esperanças
Quando ainda dar saudade das lembranças
Quando for possivel resgatar as alianças
Com certeza persista!

Pode ser que nada volte um dia
Que não exista mais tamanha alegria
Só que também não havera o arrependimento
De não ter tentado mostrar a beleza do sentimento!